Hora de se posicionar

Hora de se posicionar

Já não é a primeira vez que passamos por isso: crise à vista X investimentos escassos. Nesse cenário, a Comunicação sofre como os demais setores. Mas sofre primeiro. Cliente, agência, anunciante e consumidor parecem se mudar para um buraco fundo e escuro onde todo mundo começa a se perder.

Quando uma empresa passa por uma crise, causada por um incidente ou um mau passo administrativo, espera-se que ela cuide imediatamente de sua imagem. Em geral, a primeira coisa que ela faz, se quiser dar a volta por cima ou simplesmente sobreviver, é mostrar a cara. Procura seu público, se retrata, age com transparência e se faz presente.

Quando a crise é econômica, motivada por fatores externos, políticos ou não, a solução é outra? Colocar a cabeça no ponto mais fundo do buraco e se manter lá até o fim da turbulência parece não fazer sentido. Afinal, uma empresa demora um bom tempo para se tornar conhecida, estreitar laços com seu público, fidelizar seus clientes e, justamente quando a coisa aperta… resolve desaparecer.

É claro que é hora de repensar gastos. Mas não é cortando indiscriminadamente a verba de comunicação que as coisas vão melhorar. Os investimentos servem para manter as empresas estáveis, para que elas continuem crescendo. A estratégia, sim, precisa ser revista. Quer exemplos práticos? Seu banco de dados está atualizado? News letter e e-mail marketing estão nos seus planos? E aquele projeto do ano passado, nem pensar? Investimentos em mídia e em produções mais caras também podem ser, sim, uma saída. Tudo depende da estratégia, e a gente sabe bem que ela precisa caber no seu bolso.

Donos de agência, anunciantes e profissionais de propaganda vivem de desafios. Afinal, não é de hoje que eles se reinventam, revêem seus projetos e sua atuação. Assim eles sobreviveram até aqui. Então, porque as empresas não passam a bola?

Pode ser que seu concorrente se apresse em se mostrar. Pode ser que ele apareça de uma forma diferente, que inove na forma de oferecer seu serviço ou produto. Pode ser que ele não simule uma catalepsia. Estamos falando, antes de mais nada, do seu público consumidor, de manter com ele a proximidade – essa palavra. Não é hora de cortar bons vínculos e a confiança precisa ser renovada. Especialmente agora, em época de crise iminente. Ou seria eminente?


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